terça-feira, 3 de junho de 2014

19 de Março de 2013



19 de Março de 2013
Neste dia por volta das 17:00 h escutei a voz do Renato Aragão dizendo que tinha um plano e acompanhace o raciocinio dele: “Raciocina comigo, raciocina comigo”. Então eu escutei a voz do Marcelo Rezende falando as mesmas coisas e me acusando. “Tá vendo o que você fez com eles?”
Foi aí que eu pensei e se eu fosse um marginal assassino? Eles usariam esse gancho para me acusar desde o início.
A situação estava extremamente tensa e meu pai extremamente estressado dizendo que nada garantia que após a minha internação eu voltaria ao normal e que não haviam vagas para o internamento no Nosso Lar neste momento. Tudo o que eu disse foi que a minha situação se agravava a cada dia, a cada minuto que se passava. Porque um número cada vez maior de vozes ficavam se acumulando na minha mente.
Lembrando que eu sempre tenho que contar isso aos meus pais porque aparentemente eles não percebem nada. Eu fico no quarto tendo essas aparentes alucinações auditivas e de mim mesmo tem que partir a iniciativa de contar revelando o que de novo aconteceu e relembrando alguns fatos do passado.
Escuto vozes inclusive vindo do celular dizendo geralmente: “Ele suspeita, ele suspeita”
Na madrugada do dia seguinte sonhei que estava brincando com crianças e quando acordei a voz do Marcelo Rezende começou a me acusar de pedofilia. Ele dizia: Pedófilo, seu pedófilo. Ou seja, de vítima, eu passei a ser acusado de bandido dentro do meu próprio cérebro. E não há como fugir, isso leva ao estresse que pode culminar num ataque cardíaco e num infarto. Por isso eu até quero que não exista outra vida depois dessa. Nunca saberei se isso pode acontecer comigo de novo.
Ouvi alguns deles dizendo que voltariam quando eu estivesse bem velhinho, meus pais estivessem mortos e eu não pudesse mais me defender nem desabafar com alguém dentro de casa. Minha mãe disse que isso é muita perturbação para a cabeça dela, meu pai acredita que em último caso uma internação vai resolver tudo e o meu irmão tem um ódio mortal por mim.

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