A história é bem longa
e não vou poder contar todos os detalhes nesse texto porque aconteceram coisas
para caramba nesse meio tempo. Mas, vamos lá!
Eu sou um dos maiores
fã do Michael Schumacher aqui no Brasil até hoje e comecei a torcer para ele e
ver como ele era bom quando o meu primeiro ídolo na Fórmula 1 que era o
companheiro dele na Benetton-Ford B191, o Tricampeão Nelson Piquet Souto Maior
(1981, 1983 e 1987) encerrou a carreira no final da temporada de 1991. Em 1992
no seu primeiro ano completo na Fórmula 1 usando apenas a terceira melhor
equipe e com o carro da Benetton-Ford B192 o novato Michael Schumacher
conseguiu terminar o Campeonato Mundial de Pilotos em terceiro lugar apenas
atrás das poderosas Williams-Renault FW14B do Leão Nigel Mansell e de seu
companheiro de equipe Riccardo Patrese, era o último ano de Nigel Mansell na
Fórmula 1 e após tantas vitórias ao longo da carreira, ele finalmente conseguiu
se despedir por cima conquistando o seu tão sonhado título. Michael Schumacher
naquele ano deu show no Grande Prêmio de SPA-Francorchamps, debaixo de muita
chuva ultrapassando a McLaren-Honda do Ayrton Senna na pista e depois parando
mais cedo que as Williams-Renault de Nigel Mansell e Riccardo Patrese para
assumir a ponta, sumir na liderança e vencer a corrida. Foi a primeira vitória
dele na Fórmula 1 e mesmo assim o rapaz tinha apenas o terceiro melhor carro.
As forças naquele ano eram 1ª Williams-Renault, 2º McLaren-Honda e 3º
Benetton-Ford. A Ferrari andava mal depois da morte do Comendador Enzo Anselmo
Ferrari no ano de 1988 e depois do ano de 1990 já não tinha mais forças nem
carro para lutar pelo título. Essa inferioridade de equipamento da Ferrari
durou até o ano de 1999 quando o carro o era bom principalmente na metade final
do campeonato, mas o carro do Michael Schumacher quebrou a barra de direção
numa das corridas e com a batida ele fraturou a perna e teve que esperar uns
três meses para ajudar o seu companheiro de equipe naquele ano, Eddie Irvine, a
conquistar o título. Schumi, até deu uma vitória para o Irvine em 1999 largando
na Pole Position atrapalhando bastante o Finlandês Mika Hakkinen da
McLaren-Mercedes, depois ultrapassando o Irvine e a poucas voltas do final
dando a vitória de bandeja para ele. Infelizmente, Eddie Irvine fracassou
porque Hakkinen ganhou a última corrida daquela temporada e era ele quem tinha
que ter tentado fazer isso, mas só conseguiu chegar em terceiro lugar, Mika
Hakkinen então sagrou-se Bicampeão Mundial (1998 e 1999) e a Ferrari amargou 20
anos de jejum de títulos mundiais de pilotos, desde Jody Scheckter em 1979. Em
2000 todo mundo sabe o que aconteceu, Schumi com uma Ferrari menos veloz, mas
mais confiável que a McLaren-Mercedes de Mika Hakkinen e David Coulthard venceu
o Grande Prêmio de Suzuka no Japão na madrugada aqui do Brasil, que tem 12
horas de diferença no fuso horário para o Japão e sagrou-se Tricampeão Mundial
de Fórmula 1, quebrando um jejum de 21 anos da Ferrari sem títulos de pilotos,
as imagens na Itália e na Alemanha mostravam o povo acordado de madrugada nas
ruas e comemorando o título. Após isso, seguiram-se uma sequência de mais 4
títulos mundiais consecutivos de Michael Schumacher pela Scuderia Italiana
fazendo-a voltar a ser admirada e respeitada no mundo todo. A venda de carros
esportivos de luxo de rua da Ferrari também aumentou bastante e em 2002 o Presidente
da Ferrari, Maserati e FIAT, que assumiu o lugar do criador da Ferrari quando o
Comendador Enzo Anselmo Ferrari morreu, Luca Cordero di Montezemolo, mandou
criar um carro esportivo de luxo chamado Ferrari Enzo no ano de 2002 reunindo
toda a tecnologia adquirida na experiência da Fórmula 1 e para comemorar o
sucesso da Scuderia Ferrari na Fórmula 1. A Ferrari Enzo alcançava a velocidade
máxima de 350 Km/h o que era uma novidade para os carros de rua de luxo da
marca, até hoje mesmo o super modelo de 2014 Ferrari LaFerrari só vai até os
350 Km/h, embora a Ferrari possua outros carros mais velozes que só podem andar
em circuitos fechados como a Ferrari FXX Evoluzione (uma evolução da Ferrari
Enzo que chega a mais ou menos até uns 375 Km/h) e a Ferrari FXX K de 2014 (que
é uma Ferrari LaFerrari com uma maior aceleração e maior velocidade final de
reta também do que a Ferrari LaFerrari por conta de ter um motor bem mais
poderoso que o seu carro antecessor matriz).
Com os sete títulos
mundiais do Michael Schumacher a Fórmula 1 estava perdendo a audiência ficando
chata em alguns países, principalmente fora da Alemanha e da Itália. Então, o manager
da Fórmula 1 Bernie Ecclestone mudou as regras do campeonato mundial de Fórmula
1 de 2005 para tentar frear a Ferrari e impedir que Schumi conquistasse o sexto
título consecutivo pela Scuderia Italiana. Lí numa revista 4 Rodas de 2005 que
a operação se chamava “Caçada ao Schumi” e basicamente acabou com o
reabastecimento dos carros que foi inventado lá nos anos 80 para deixar o carro
mais leve, aumentar a velocidade e melhorar os tempos das voltas. O modelo
Ferrari F2005 do gênio projetista Rory Byrne não se adaptou às novas mudanças,
a Michelin criou pneus mais eficientes do que a Bridgestone para andar com o
tanque cheio e com isso a Ferrari passou a ser de novo apenas o terceiro carro
mais rápido. Em 2005 os carros mais rápidos eram respectivamente assim:
1º McLaren-Mercedes
(pneus Michelin)
2º Renault (pneus
Michelin)
3ª Ferrari (pneus
Bridgestone)
A McLaren-Mercedes
apesar de ser mais rápida do que a Renault teve uma série de infelicidades, a
dupla oficial de pilotos Kimi Raikkonen e Juan Pablo Montoya geralmente tinha
problemas no Qualifying (treino oficial de Sábado que define as posições no
grid de largada), Kimi Raikkonen uma série de vezes largou do fundo do grid e
saiu costurando todos os carros até a vitória ou a segunda posição, mas o
Espanhol Fernando Alonso da Renault devido à sua competência e regularidade
conseguiu ganhar o Campeonato Mundial de Pilotos na Fórmula 1 pela primeira vez
quebrando a sequência de cinco títulos consecutivos do Michael Schumacher. Um
dos mecânicos da Renault já sabendo do fracasso de Schumi naquela temporada,
vestiu uma camiseta que estava com os dizeres na parte traseira escrito assim:
“Schumacher who? (Ou
seja, quem é o Schumacher?)
Isso foi considerado
uma humilhação da Renault ao Heptacampeão e ao seu irmão Ralf Schumacher que na
época tinha saído da Williams e guiava pela equipe Toyota. Essa indireta
estampada na camisa do mecânico da Renault foi filmada e mostrada a todos os
países do mundo onde passava a Fórmula 1, inclusive no Brasil aqui pela Rede
Globo.
No final do ano de 2005,
como fã do Schumi, eu fiquei muito deprimido com o desempenho dele e da Ferrari
na temporada de 2005, pois graças ao Michael eu virei Ferrarista também e
passei a pesquisar sobre a história da montadora, da equipe e do seu criador
Enzo Anselmo Ferrari. Fiz até uma palestra sobre o Enzo Ferrari, quando meu
Professor de Administração pediu para a turma escolher um pioneiro empresarial
para falar e contar a história de como ele ergueu o seu império.
Meu Professor gostou
bastante da minha história, na época eu estava aprendendo a mexer no Power Point
e ele disponibilizou para gente um computador, uma televisão grande e um
projetor para que a gente não se perdesse durante a explanação dos tópicos. Na
época ainda existiam os antigos disquetes que tinham baixíssima capacidade de
armazenamento, mesmo assim eu salvei o meu projeto todo neles e consegui fazer
uma boa apresentação com direito à exemplificação de vários modelos clássicos
como a Ferrari F40, a Ferrari F50, a novidade da época que era a Ferrari F430,
a Ferrari F430 Spider de 2005, até uma foto do canhão Ferrari Enzo.
Depois pensei assim:
“Se o Michael
Schumacher perder o título de 2006, eu sou capaz até de me suicidar.”
Existe um velho ditado
que diz assim:
“Cuidado com aquilo que
você deseja, pois pode vir a acontecer.”
Muito bem, então certa
noite no início de 2006 quando eu voltei do meu curso de Web Designer e
Webmaster na UVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú) no começo de 2006, eu
escutei telepaticamente uma voz de uma moça dizendo assim:
“Olha, não fala para
ele como ele morreu, porque ele vai ter um choque, tá?”
“Tá vendo como o mundo
dá voltassssssssssss? E muitassssssssssss?”
Ela sempre puxava o som
do “s” no final parecendo imitar uma cobra.
Então, começou o
contato telepático e eu comecei a escutar essas vozes. Fui para o North
Shopping para ver até onde ia o alcance desse sinal, fui dar uma olhada nos
filmes que estavam em cartaz no momento e a voz daquela moça falou:
“Ele está muito
surpreso e confuso, vai ser lindo se ele morrer atropelado quando cruzar a rua
do apartamento dele! Tá vendo como o mundo dá voltasssssss é muitasssss?”
Quando cheguei ao North
Shopping no andar dos cinemas essa moça falou:
“Ele vai assistir um
filme no cinema para tentar relaxar!”
Eu estava sem dinheiro
e nenhum filme me interessou, então voltei. No estacionamento tem uma loja de
videogames e quando eu fui dar uma olhada nos preços essa moça falou:
“Puta que o pariu, ele
vai comprar um Playstation 3!”
(Que era uma novidade e
caro na época, mas como já disse eu não tinha nem um real.)
Quando cheguei ao
apartamento e fui para o meu quarto eles começaram a ler os meus pensamentos e
a descobrir tudo o que eu sabia. A voz da moça falou assim:
“Ih, o George Bush vai
ficar tão triste quando souber que ele não gosta da Disney!”
“Esse aí prefere
desenhos animados Japoneses!”
Então, escutei as vozes
de dois dubladores de São Paulo chamados Hermes Baroli e Marcelo Campos falando
telepaticamente comigo:
“Tome Masami Obari!
Tome Masami Obari! Tome Masami Obari!”
Masami Obari é o nome de
um famoso e talentoso desenhista, Character Design, Animador e Diretor de
Animação Japonês do qual eu gosto muito do trabalho e do traço.
Desci para o
estacionamento e escutei a voz estranha de um homem que eles chamaram de Jucá
falando telepaticamente assim:
“Ele quer um contato
visual! Ele quer um contato visual!”
Olhei para os lados,
para frente, para trás e não vi nada. Então, olhei para o céu! Escutei a voz
desse tal de Jucá falando assim:
“Se ele souber onde a
gente está e como a gente vê ele, ele vai ter um choque!”
Então, fiquei com
insônia por três noites seguidas olhando pela janela e tentando encontrar eles
olhando para o céu.
Fui para uma Lan House
na época porque eu ainda não tinha internet em casa, então deletei o meu Orkut
pensando que eles tinham me localizado por lá. Era a época da febre do Orkut e
ele era bem mais famoso no Brasil do que o Facebook.
A voz de uma moça falou
telepaticamente assim:
“Ele vai deletar o
Orkut dele, ele vai vacilar! Ele está pensando que a gente encontrou ele por
lá!”
Então, no amanhecer da
terceira madrugada vi um objeto muito brilhoso no céu que mudava de direção de
acordo com os meus pensamentos. Ele ia para a esquerda, para a direita, para
cima e para baixo conforme eu pensava nele. Então, pedi para meu pai olhar pela
janela. Então, falei assim para ele:
“Pai, vem ver aqui no
céu uma coisa interessante!”
Ele ficou com uma
mistura de raiva e medo de mim e falou assim:
“Eu já vi tudo!”
Ele, então ligou para
os Bombeiros me levarem no caminhão deles para o manicômio. Em menos de 15
minutos eles chegaram e falaram assim:
“A gente vai dar uma
voltinha, venha com a gente numa boa!”
Entrei no caminhão dos
Bombeiros, perdi minhas sandálias lá dentro e quando eles pararam, me
conduziram até um quarto do Instituto Psiquiátrico “Nosso Lar”. Lá no quarto os
Enfermeiros me aplicaram uma injeção de Haldol e uma injeção de sonífero.
Quando acordei, escutei
algumas vozes conversando assim:
“Ele estava escutando
as vozes do Hermes Baroli e do Marcelo Campos lá de São Paulo?”
Fiquei dois meses
internado lá e já no segundo dia as vozes cessaram ou se esconderam, eu ficava
escutando algumas tentativas de murmúrios, mas nunca mais falaram nada durante
o meu primeiro internamento.
O Psiquiatra que cuidou
do meu caso na época foi o doutor Orlando, que era o administrador do Nosso
Lar. A pior parte do internamento eram as refeições que depois de certo tempo
davam uma azia estomacal em mim e também tive muita diarréia por lá. As vezes
eu tinha diarréia, as vezes as fezes saiam duras demais e entupiam o sanitário.
Ou seja, a comida não tinha a mesma qualidade da minha comida de casa.
Desenhei para uma Psicóloga
aquilo que eu tinha visto no céu antes de ser internado.
Finalmente, quando saí
do internamento e fui para casa eu estava sem ouvir as vozes, mas andava igual
à um robô, estava com os movimentos todos robotizados e lentos devido aos
efeitos colaterais que o remédio Haldol deixou em mim. Eu também tinha piorado
bastante a minha insônia, não conseguia mais dormir sem os remédios.
Atualmente estou
diagnosticado com duas doenças Psiquiátricas, a famosa e temida Síndrome do
Pânico (que apareceu em mim em 1997) e a Esquizofrenia Paranóide (que apareceu
em mim no início de 2006).
Fiquei sem ouvir as
vozes da metade de 2006 até a metade de 2012. Quando eu estava fazendo uma
série de entrevistas de seleção para conseguir um emprego em 2012, depois de
mais de 20 tentativas diferentes e infrutíferas, escutei a voz de uma mulher
quando eu fazia uma redação para ver se eu conseguia o emprego de Operador de
Caixa na central de recrutamento da loja Insinuante. A voz da mulher disse
assim:
“Ele fez a redação,
agora ele está pegando os documentos dele para preencher a ficha de cadastro!”
Depois disso nunca mais
parei de ouvir as vozes mesmo me internando no Nosso Lar de novo. Estamos em
2015 e as vozes me impedem de estudar (porque tiram a minha concentração) e de
trabalhar (perdi o meu emprego de Auxiliar de Contabilidade porque as vozes
ficavam tirando onda comigo enquanto eu operava o software do computador).
Em 2007 terminei o meu
curso de Web Designer e Webmaster na UVA, em 2012 passei para o curso de
Psicologia na FATECI (Faculdade de Tecnologia Intensiva), mas o meu pai achou a
mensalidade de R$ 700,00 cara demais e também que eu não iria conseguir
agüentar concluir o curso. Então, ele disse:
“Se quiser estudar
Psicologia passe na UFC ou na UECE porque eu não vou pagar mais nenhum curso
para você estudar escutando essas vozes. Vou gastar muito dinheiro e pode ser
que você reprove em algumas cadeiras como nos tempos da UFC quando você
desistiu do curso de Farmácia por não conseguir memorizar a matéria!”
A partir da metade para
o final de 2012 passei a escutar muitas vozes de gente famosa e outras de gente
MUITO famosa. Mais de 80 vozes diferentes se for contar direito entre vozes de dubladores,
dubladoras, jornalistas, apresentadores de TV, narradores esportivos, comentaristas
esportivos, pilotos de Fórmula 1 Brasileiros, cantores, cantoras, atores Brasileiros,
atrizes Brasileiras e raríssimos jogadores de Futebol, talvez porque eu deteste
esse esporte.
Quando eu estava
digitando esse texto aqui, o tempo todo, a voz do apresentador Ratinho (Carlos
Massa) que trabalha atualmente (2015) no SBT ficou me perturbando e comentando
quase tudo o que eu digitava num misto de deboche, falsidade e curiosidade.
Quando eu terminei de digitar isso aqui, ele disse:
“Espera aí que agora está
dando até pena dele!”
Ou seja, mentira. Seja
lá quem for se estivesse com pena iria embora para sempre.
Então, a voz do Ratinho
disse telepaticamente assim:
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